“Para quem quer evoluir, o melhor a se fazer é aprender com os melhores do mercado”, conta em entrevista exclusiva

por Thayane Boutin

Dono de uma carreira promissora, mesmo ainda tão jovem, o DJ e produtor Victor Arruda, de apenas 21 anos, conta com uma extensa lista de feitos dentro do cenário eletrônico. Com um estilo que transita sutilmente entre as melodias e estruturas do Deep House, Progressive House e House, o jovem mineiro já compartilhou pistas com grandes nomes, como DJ Mau Mau, Leo Janeiro, Vintage Culture Volkover, além de passagens por clubs e eventos renomados no país.

Uma das suas características marcantes, e que ele acredita ser o responsável por grande parte da sua carreira, é o estudo da música eletrônica. Frequentando o meio musical há 7 anos, Victor acredita que o estudo foi o encarregado de elevá-lo ao nível de produção em que encontra-se atualmente.

Com verdadeiro interesse em conhecer um pouco mais sobre a carreira e o universo deste jovem produtor, a Comfort Club conversou com Victor Arruda sobre assuntos que vão desde o seu início, passando por temas como a evolução do Deep House, Progressive House e House no Brasil e finalizando com a pergunta chave: o que podemos esperar para o segundo semestre.

https://soundcloud.com/underwavesmusic/victor-arruda-live-at-under-waves-showcase-190222

Vem conferir!

CC: Olá, Victor, tudo bem? Obrigada por esta conversa com a Comfort Club. Mesmo sendo tão jovem, sabemos que um dos seus pontos fortes é a dedicação ao estudo da música. Nesse aspecto, como foi sua experiência com Zac Fluxo e Warung School?

V: Foram incríveis, ambas escolas são muito boas. Afirmo, sem sombra de dúvidas, que hoje em dia eu estou no nível de produção que estou por causa desses dois cursos. É o que eu digo para todo mundo: para quem quer evoluir de forma rápida, o melhor a se fazer é aprender com os melhores do mercado.

CC: Aos 21 anos você conquistou feitos enormes, como compartilhar pistas com alguns dos maiores nomes nacionais como DJ Mau Mau, Gabe, Leo Janeiro, Vintage Culture e Volkoder em passagens por clubs e eventos como D-EDGE, Fly Club Trancoso e Green Valley on Tour. Como esses feitos impactaram na sua carreira?

V: Eu diria que impactaram na minha experiência. Conforme vamos tocando para diferentes públicos, vamos aprendendo a nos adaptar para qualquer situação. Claro que é muito importante ter um estilo, mas se adaptar e conseguir criar uma transição sutil para outro DJ é a chave. Outro ponto importante é que isso acaba criando maior legitimidade à sua marca e trabalho, de uma forma que a galera confia cada vez mais em te colocar em boas festas e tocar em bons horários.

https://www.instagram.com/p/Cac6dvolHAR/

CC: Você começou a tocar ainda adolescente, aos 14 anos. Nesta época, quais eram suas referências? Qual papel elas exerceram na construção do profissional reconhecido que você é hoje?

V: Na época eu curtia muito Tech House. O estilo que me fez começar a ser DJ, sem dúvidas, foi esse, o antigo Tech House. Na época acompanhava caras como Nic Fanciulli, Solardo, Jamie Jones e outros. Como todo mundo, nossos gostos vão se transformando. Eu diria que eles foram a porta de entrada pra eu pegar gosto pela mixagem e em ser DJ. Aprendi demais acompanhando eles.

CC: Uma das suas características mais marcantes é o fato de transitar facilmente em vários estilos como Deep House, Progressive House e House. Em que momento você decidiu que trilharia esse caminho? Acredita que esse será seu ponto forte na carreira?

V: Como mencionei na pergunta acima, eu comecei por causa do Tech House. Porém, quando eu comecei a estudar música de verdade e tocar instrumentos, minha cabeça meio que deu uma mudada. Eu comecei a gostar de colocar melodias mais marcantes nas músicas, colocar mais texturas, ambiências, e daí surgiu meu interesse por essas outras vertentes. Antes eu já ouvia, porém, não estavam tão presentes em meus sets. Eu não abandonei o Tech House, só que hoje em dia eu tento unir o groove que eu sempre curti do Tech House com as melodias e estruturas do Deep House, Progressive House e House.

CC: Uma carreira dividida entre DJ e produtor exige muito estudo e dedicação, além de um bom networking. Pensando nisso, como você se mantém atualizado nas duas profissões? Como você concilia esses dois universos?

V: Eu diria que eu foco bastante nas produções dias de semana e em finais de semana, eu foco em tocar, conhecer novas pessoas e viver né? Eu aprendi desde cedo que não tem como a gente fazer tudo que a gente quer, a gente tem que escolher algumas coisas e correr atrás, então eu tento selecionar bem as vezes que eu saio de casa.

CC: Com a ascensão do seu trabalho e sua trajetória musical até aqui, como você vê a evolução do Deep House, Progressive House e House no Brasil ou até mesmo no exterior?

V: Eu acredito que o Progressive House e o Deep House vem ganhando força cada dia que passa aqui no Brasil. É bem mais perceptível para mim pelo fato que eu venho de uma cidade pequena e o povo daqui costuma ouvir mais outros estilos fora da música eletrônica. Não estou generalizando, mas é perceptível a diferença quando comparamos com algumas outras cidades do país que tem um público que realmente é apaixonado pela música eletrônica. Já o House sempre esteve em alta para mim. É aquela história: clássicos nunca morrem.

CC: Com produções a todo vapor, o que podemos esperar do Victor Arruda para o segundo semestre deste ano?

V: Eu diria que um som mais inteligente, mais vibrante. Venho trabalhando bastante para elevar o nível das minhas tracks, não só musicalmente falando, mas tecnicamente também, mixes mais limpas e bem definidas. Se falarmos de estilo, eu ando focando em algo que está entre essas três vertentes que falei acima. Eu não sou o tipo de pessoa que prefere produzir um só estilo e seguir sempre nele, o que me motiva a sempre continuar produzindo é justamente poder fazer coisas diferentes e experimentar um pouco de cada estilo.

https://open.spotify.com/track/3eNfLrDsxev6wQszOkweG8?si=f6ea26910f0847af

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