O festival Ultra Brasil, evento mundial que ocorreu neste último final de semana, nos dias 12, 13 e 14 de outubro, recebeu a sua segunda edição instalada novamente ao Sambódromo da Marquês de Sapucaí, localizado ao centro da capital carioca. Insta salientar, ainda, que o evento em tela recebeu um público total aproximado de 60 mil pessoas, onde partes dos frequentadores ocuparam integralmente todos os pavimentos situados ao local de realização do festival, como as pistas do palco principal (Ultra Mainstage) e dos secundários, Resistance e UMF Radio, os backstages dos três palcos, e as alas direita e esquerda da Área “VIP Experience”. Além disso, tem-se como dados de que estes palcos receberam a apresentação de um número total de 74 (setenta e quatro) atrações. A festa itinerante, durante a edição atual, recebeu inúmeros elogios e críticas de seu público frequentador nas redes sociais em geral.

Nota-se que, comparado à primeira edição do então festival, surgiram alguns problemas imprevisíveis, que não tocantes ao local de realização do ato, mas à instalação estrutural do festival, das quais eram nítidas aos olhos do público. Foram problemas como estes que atrasaram o horário regular de apresentação dos artistas no segundo dia do evento, ao momento que forçou a produção a abrir os portões às seis da tarde, e, posteriormente, a estender o horário de encerramento para as quatro horas da manhã desta última sexta-feira, hora esta pela qual se deu o encerramento do set do Dj Malaa, que se iniciou e agitou o público, e terminou de uma forma um pouco ruim, após uma suposta batida de polícia no local. Pois o alvará permitia o funcionamento do festival só até às duas horas da manhã.Além disso, outras falhas notadas pelos frequentadores no decorrer do evento foram as atinentes às condições de higiene dos banheiros químicos, à segurança do local, e, inclusive, ao controle do fluxo do público em geral, não se esquecendo também de atitudes imprevistas tomadas por membros da organização local do evento, como executar algumas pequenas mudanças e ajustes na estrutura interna do festival, logo após o seu início de duração.

Insta frisar, ainda, que enquanto a primeira edição que ocorreu nos dias 14 e 15 de outubro de 2016 passou por vários problemas de regulamentação dos locais escolhidos para a realização do evento, a segunda edição apresentou problemas um pouco maiores, inclusive um deles que foi notado pelo público em primeira instância era a insuficiência de recursos financeiros e econômicos para contratar maior número de artistas conhecidos nacional e internacionalmente, isto é, no tocante à distribuição total das atrações no line up do evento.

Vale ressaltar também que outro fator que motivou a crítica do público em nome do evento foi a liberação de listas grátis para o último dia do show, como as patrocinadas pelo vereador Marcelo Arar e ligadas a artistas populares da música eletrônica, de modo que o local recebesse um número de público maior do que o esperado. É importante mencionar, ainda, que tal fator representou um grande prejuízo para o evento, embora isto não se refira diretamente às questões econômicas e administrativas específicas da edição brasileira da festa itinerante mundialmente conhecida e abraçada pelo público da música eletrônica, além de também colocar a segurança dos frequentadores em risco, situação esta que resultou por inúmeros furtos de seres invasores e estranhos ao evento.

Por outro lado, a segunda edição brasileira do evento recebeu uma grande quantidade de público somada aos três dias, e numericamente maior do que o recebido à sua edição de estreia. As apresentações dos djs nos três palcos sacudiram literalmente o público amante da música eletrônica e de suas diversas vertentes pelas quais se deriva, como big room house, house, deep house, progressive house, dubstep, techno, brazilian bass, low bpm, bass house, trance, dentre outras. Desse modo, pode-se afirmar que a última edição do Ultra Brasil atendeu a todos os gostos do público, tanto nos sons tocados durante a apresentação de cada artista, como na estrutura externa dos palcos e das novas áreas do evento, Ultra Village e Ultra Boulevard, fatores estes que geraram uma “beleza maior” no evento e no local em si, junto a efeitos psicodélicos apresentados aos telões, e a um jogo de luzes onde cores vivas se mesclavam, de modo a provocar uma sensação momentânea de alegria, positividade e satisfação ao público, que foi o combustível para aquecer e movimentar as estruturas do festival.

Quanto às estruturas derivadas dos palcos e à sonoridade emitida pelos equipamentos, tais fatores foram recheados de elogios pelo público, pois isto visivelmente encantou as impressões pessoais de quem frequentou os três palcos.

MainStage do Ultra Brasil 2017:

UMF Rádio do Ultra Brasil 2017:

Resistance do Ultra Brasil 2017:

Vale salientar que, no tocante ao público geral, incluindo nacionais turistas e estrangeiros frequentadores, a recepção dos fãs do festival tanto no evento em si como na apresentação das atrações em geral foi bem calorosa, pois nota-se, neste quesito, que o público dos festivais no Brasil é mais animado e caloroso em relação aos eventos que ocorrem no exterior. Isto é um fator que contagia tanto as atrações como todos os frequentadores entre si, lhes causando uma pregação universal de “paz, amor, união e música eletrônica” (vulgarmente chamada de “rave”), ou seja, a famosa expressão inglesa “P.L.U.R”. Diante dessa afirmação, foi visível a vibe contagiante do público geral, que uniu a vibe pessoal à boa música e de qualidade tocada pelas atrações de diversas vertentes.

Pode-se destacar também quanto à oferta nos serviços gerais na área VIP do evento, que se deu da maneira mais requintada possível ao público seleto e que também foi encabeçada e idealizada sob o suporte de grandes clubs nacionais como Café de La Musique e Green Valley. Insta salientar, ainda, que tal local foi responsável por estender o tempo continuado do evento para mais duas horas após encerramento total dos sets, representando, assim, uma espécie de after party.

Ademais, podemos destacar abaixo os melhores momentos que ocorreram durante os três dias do Ultra Brasil 2017:

— DIA 12/10 —

À data de estreia da segunda edição do evento, pôde-se presenciar a apresentação de atrações como Dubdogz e Marcelo CIC, no palco UMF Radio, sendo tais nomes alguns dos destaques desta ala, além de outros nomes destaques locais comentados pelo público, como Sevenn e Bhaskar, que apresentaram também um set de qualidade ao público fã do brazilian bass, do bass house e do low bpm.

Ainda no mesmo dia, as atrações destaques do Ultra Mainstage mais veneradas e elogiadas pelo público fã do EDM foram os djs Armin van Buuren e Nicky Romero, que uniram o trance ao progressive house e ao big roomhouse, além do dj nacional JetLag, uma vez que este último também apresentou um set de qualidade, onde se utilizou de faixas derivadas de vertentes como bass house, low bpm, nu disco e deep house.

No tocante aos nomes de techno, o line up foi totalmente caprichado na distribuição de suas atrações, sendo que tal foi a vertente-destaque do Ultra Brasil 2017, e o Resistance sendo o palco mais esperado pelo grande número de fãs da música eletrônica, e por um público mais voltado ao gênero underground. Com isto, foram considerados destaques da estreia da última edição atrações como os djs Jamie Jones, Sasha & John Digweed e Nic Fanciulli.

— DIA 13/10 —

Diante de alguns problemas internos dos quais sofreram algumas reparações nas estruturas internas do festival, houve, de início, uma remodelação nos horários e apresentações de artistas no Ultra Mainstage. Os nomes de destaque nas apresentações artísticas deste palco foram de djs como o ILLUSIONIZE,  que trouxe o seu som de altíssima qualidade ao público e seus típicos graves, que são marcantes na música eletrônica brasileira e reutilizados para a construção de projetos musicais de outros produtores; O duo holandês W&W, que demonstrou a força de suas batidas durante todo o seu set e, especialmente, levou o público ao céu em “Crowd Control”; O projeto Knife Party, agitando o público fã do hardstylee do dubstep, assim como Malaa fez durante o encerramento do segundo dia do evento.

Além disso, não se deverá esquecer da apresentação e do reconhecimento do púbico no set do dj sueco Alesso, que representa um dos maiores nomes da música eletrônica popular mundial. Vale ressaltar que o artista lançou recentemente uma faixa musical em parceria da cantora pop brasileira Anitta, intitulada “Is That For Me”, e que foi alvo de performance da então personalidade nacional no palco principal durante o encerramento de seu set, fato este que marcou a noite do segundo dia do Ultra Brasil.

No que se toca aos demais palcos, como UMF Radio e Resistance, no primeiro, os sets destaques foram o dos djs Arty, com seu projeto de trance intitulado Alpha 9; Ferry Corsten, que se apresentou como Gouryella, seu projeto musical também de mesma vertente musical da atração anterior; Aly & Fila e Ilan Bluestone, que também foram nomes de altíssimo destaque e muito bem elogiados pelo público fã da vertente trance. Continuando o discurso em relação ao segundo palco mencionado neste parágrafo, as atrações de techno mais veneradas pelo público underground foram os djs Adam Beyer e Paco Suna, que fizeram, ao mesmo tempo, uma apresentação separada, e um back-to-back no palco Resistance.

— DIA 14/10 —

O último dia da segunda edição brasileira do evento norte-americano Ultra Music Festival foi considerado o melhor dia para o público presente de todos os palcos, porém, ao mesmo tempo, fazendo com que os frequentadores estivessem sujeitos às situações de perigo após a liberação de alguns vouchers VIPS para o acesso livre às áreas comuns do evento.

As atrações destaques dos palcos Ultra Mainstage, Resistance e UMF Radio foram, respectivamente, nomes populares e globais como David Guetta, que apresentou um set totalmente despojado ao público e ligado a gêneros populares da música eletrônica atual, como o future bass, a utilização de basslines marcantes durante seu set e de trechos provenientes do trap music, tendo o seu encerramento em homenagem ao dj holandês Martin Garrix, com que foi atração de maior destaque na primeira edição do Ultra Brasil, representado pela track “Helicopter”, lançada há três anos atrás; Above & Beyond, durante a emocionante e calorosa apresentação de seu set na vertente trance, e a humildade da dupla com os fãs ao lhes receberem à frente do tablado do palco principal no ato de “pressionar o botão”, do inglês “Push the Button”, durante a execução da faixa “Blue Sky Action”, apresentação esta que foi uma das mais encantadoras do dia do encerramento do festival; O dj sueco Steve Angello, abrindo o seu set da maneira mais emocionante possível com o seu mais novo lançamento “Rejoice”, que causou uma sensação de paz e de liberação de endorfina às pessoas que representaram o público do palco principal, e tocando os seus sucessos tanto pessoais (novos e antigos) como do antigo trio Swedish House Mafia. Além disso, houve a esperada apresentação do dj holandês Sander van Doorn, que é considerado um dos “pais” do progressive house e “mandou ver” durante todo o seu set, mostrando que não estava para “brincar em serviço”, e tocou ainda os seus maiores sucessos já tocados nas maiores rádios globais de música eletrônica e em podcasts de sua própria gravadora.

Em continuação a esse discurso, os nomes destaques dos dois últimos palcos já mencionados foram Richie Hawtin, Joseph Capriati, e The Martinez Brothers, inclusive também o dj nacional Léo Janeiro, conhecido por seu estilo sofisticado ligado à esfera underground. Vale destacar também atrações como Skazi, Vegas e Paranormal Attack, responsáveis por comandarem as picapes do UMF Radio, que também foram bastante elogiadas no último dia por terem um som autoral e de qualidade.

Apesar dos pesares, pode-se afirmar que o último dia da segunda edição do maior evento mundial de música eletrônica em solo brasileiro fechou com chave de ouro, com muitos aplausos do público, fogos de artifício ornamentados e agradecimento das atrações pela boa recepção dos frequentadores em seus sets.

Segundo informações presentes no jornal O Globo, há rumores de que o Ultra Brasil possa realizar sua terceira edição brasileira no Rio de Janeiro no mês de novembro de 2018, no mesmo local de todas as suas edições passadas. No entanto, não há ainda confirmação oficial sobre a futura edição, embora haja especulações de outras fontes jornalísticas de que o evento estaria“confirmado” e que receberia apoio organizacional da prefeitura do Rio de Janeiro. Portanto, há ainda que aguardar um pronunciamento oficial da fonte quanto a tais informações, de modo a confirmar ou não procedência das mesmas.

Enquanto isso nós ficamos com as lembranças do Ultra Brasil 2017, e com o Aftermovie do Ultra Brasil 2016 em nossas mentes.

Alguns dias antes do Ultra Brasil 2017, a UMF TV disponibilizou um vídeo de título “RIO IN MOTION”, que faz referência as paisagens e pontos turísticos do Rio de Janeiro. Assim como o Aftermovie oficial, isso também foi um ponto positivo para a cidade, devido ao fato de o vídeo mostrar toda a beleza da cidade maravilhosa.

Contudo, na hipótese de ser confirmado um “novo” Ultra Brasil no próximo ano, a Comfort Club observará atentamente os fatos e detalhes no decurso do próximo festival, e tem a expectativa de que, diante desta hipótese, sejam reparados alguns erros que estiveram presentes nesta última edição, e que faça da próxima um compilado inesquecível para o público da música eletrônica, do mesmo modo que esta edição também representou aos seus fãs.

Até ano que vem Ultra Brasil!!
Estamos te esperando aqui novamente!

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